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OPINIÃO: O amor

Sabe aquele sentimento que te inquieta? Aquele sentimento que te faz feliz, que em um momento te dá segurança e, no seguinte, te faz perder o chão? Aquele sentimento que te leva do céu ao inferno, num nano segundo? Aquele sentimento que vem junto com um olhar que mexe contigo, sem que nenhuma palavra seja dita ou escrita? Aquela impressão que te bota medo, antes mesmo que exista uma ínfima possibilidade que aconteça? Que te estremece? Que te deixa perdido, sem qualquer indicação de caminho? Que te faz sonhar de olhos abertos? Que bagunça teus pensamentos?

Para essas questões existe uma única resposta: AMOR.

Ontem, aqui no Brasil, foi comemorado o Dia dos Namorados. Data que teve sua origem em 1949, pela criação de um empresário do ramo de publicidade: João Dória. Tirando o enfoque comercial, é uma data muito especial para as pessoas que amam, pois é o dia em que o amor mostra a sua força, mostra que está vivo e é compartilhado. Neste dia, o Amor é expressado das mais diversas formas, ele ganha fotos, flores, poemas, mú- sicas, jantares... Ele, também, ganha orações, pensamentos, lembranças, palavras não ditas, sentimentos não vividos.

A inquietação do homem diante desse sentimento é muito antiga e desperta debates desde a Grécia Antiga, quando filósofos se renderam a Eros, o deus do amor, e tentaram explicá-lo. Muito já foi dito sobre o tema, mas os significados que envolvem o amor são, na sua grande maioria, belos e valem a pena ser analisados, estudados e compreendidos, se é que isso é possível.

O amor está nas leis, nos códigos de conduta, nas formulações éticas, nas pregações, nas palavras dos grandes filósofos, escritores e músicos. Dizem que ele é como o ar, que ninguém passa pela vida sem ao menos, uma vez, tê-lo experimentado em uma de suas mais variadas formas. Ele alterou o fluxo da histó- ria de vários países e reinos. Inspirou obras de arte famosas, apaziguou monstros, levou magnatas a ruínas, arrebatou homens e mulheres fortes.

O amor supera o entendimento racional e qualquer tentativa de explicação dos sentimentos. Ele impede a existência do vazio, apesar de deixar espaço. Ele não faz exigências, mas necessita de cuidados. O amor pode até ser proibido de ser vivido, mas jamais de ser sentido. Dizem que o amor não vivido é o melhor e mais completo amor que alguém pode ter, pois temos a liberdade de vivê- -lo intensamente da maneira mais grandiosa, bonita e perfeita, fantasiando situações que num mundo real nem sempre são possíveis. Um amor não vivido tem lugar apenas em nossa imaginação. Ele é um encontro perfeito de almas. Neste amor só há coisas boas, sem brigas, sem mágoas. É um amor que tudo pode, há uma única coisa que ele não pode: ser real.

O mais importante é amar, pois o momento é único, seja ele um amor passageiro, um amor eterno, um amor proibido, um amor sofrido, um amor de verão, um amor eterno ou um amor não vivido, pois quando amamos nos tornamos pessoas melhores, mais confiantes, menos egoístas e mais felizes.

Portanto, felizes daqueles que tiveram a oportunidade de encontrar o amor e de reproduzir o Soneto de Fidelidade de Vinicius de Moraes: "... que eu possa lhe dizer do amor (que tive), que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure".

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